Passageiro embarcado no Brasil é o primeiro detido em aeroporto com uso de reconhecimento facial

A tecnologia de reconhecimento facial ajudou as autoridades americanas na prisão de um homem que tentava entrar nos Estados Unidos, no aeroporto de Washington, com documentos falsos.

Na quarta-feira (22), um rapaz de 26 anos, vindo de São Paulo, foi interceptado ao passar pelo controle. O resultado do reconhecimento facial mostrou que ele não era a mesma pessoa da foto exibida no passaporte que ele apresentou aos agentes de fronteira.

Dulles é um dos 14 aeroportos americanos a adotarem esse tipo de equipamento na alfândega e já na primeira semana de funcionamento impediu que o impostor entrasse em solo americano usando um passaporte francês.

Após uma busca, os policiais encontraram a verdadeira identidade do passageiro. O documento oficial da República do Congo estava escondido em seu sapato. O nome do homem não foi divulgado. Ele foi apreendido e enviado de volta ao Brasil.

“Big Brother”

O uso do reconhecimento facial tem crescido para o controle de fronteiras e outros usos, mesmo com o aumento da preocupação sobre a invasão de privacidade. Ativistas dizem que há poucas garantias quanto ao uso de bancos de dados para esse fim ​​e argumentam que a tecnologia poderá levar a um estado de vigilância comparado a um “Big Brother”.

Estudos recentes mostrando que o reconhecimento facial pode não ser preciso, dependendo da cor da pele, aumentam a resistência. No entanto, essa tecnologia está sendo cada vez mais adotada em todo o mundo, especialmente na China, onde o uso é corrente.

Os agentes de fronteira do aeroporto de Washington Dulles afirmam que o sistema biométrico é 99% seguro para determinar se um passaporte é original ou não. Segundo a Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP, na sigla em inglês), a tecnologia agiliza a velocidade do processo de entrada e saída dos passageiros, validando as identidades.

As autoridades dos Estados Unidos também estão avaliando o uso da tecnologia biométrica para acelerar os check-ins nos aviões, substituindo os cartões de embarque. Um comunicado da agência americana destaca o “comprometimento com as obrigações de privacidade” e informa que várias pesquisas sobre o impacto dessa medida foram recentemente publicadas.

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