Neste domingo, 7 de Setembro, muitas homenagens foram prestadas aos 203 anos da Proclamação da Independência do Brasil. Em São Luís, o governador Carlos Brandão prestigiou o tradicional desfile cívico-militar das Forças Armadas. Este ano, a parada aconteceu na Avenida Beira-Mar. Contingentes das Forças de Segurança do Governo do Maranhão também participaram da solenidade.
A cerimônia teve início às 8h, na Avenida Beira-Mar, com o hasteamento do Pavilhão Nacional pelo governador Carlos Brandão. A bandeira do Estado do Maranhão foi hasteada pelo coronel Wallace Amorim, comandante-geral da Polícia Militar do Maranhão (PMMA). Já a bandeira do município de São Luís foi hasteada pela vice-prefeita da capital, Esmênia Miranda.
O tenente-coronel João Carlos Duque, comandante do 24º Batalhão de Infantaria de Selva (Batalhão Barão de Caxias); o coronel aviador Clóvis Martins de Souza, diretor do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), representando a Força Aérea Brasileira; o capitão de Mar e Guerra Ademar Augusto Simões Júnior, da Capitania dos Portos do Maranhão, representando a Marinha do Brasil; e o coronel Célio Roberto Araújo, comandante do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA), também acompanharam a solenidade.
Após o hasteamento dos três pavilhões aconteceu a revista às tropas e foi iniciado o desfile. Diversas outras autoridades militares e civis também acompanharam a solenidade.
O governador Carlos Brandão ressaltou que o desfile cívico-militar celebra não apenas a Independência do Brasil, mas as diversas conquistas efetivadas ao longo de 203 anos de construção da soberania nacional, e que a mudança do local do desfile será um novo marco histórico para São Luís e o Maranhão.
“Esta é a área da cidade onde tudo começou. Aqui, os franceses construíram o Forte São Luís, fundando a cidade, que depois foi retomada pelos portugueses. Hoje, no lugar desse forte fica o Palácio dos Leões. Por isso, conversamos com o comandante do 24º Batalhão de Infantaria de Selva e tomamos a decisão corajosa de mudar o desfile para a Beira-Mar. Essa é também uma forma de valorizar nosso Centro Histórico, que é Patrimônio Mundial da Humanidade. Este é um ato de fortalecimento da nossa soberania e democracia”, assinalou Brandão.
O tenente-coronel João Carlos Duque, comandante do 24º Batalhão de Infantaria de Selva (Batalhão Barão de Caxias), afirmou que a mudança do local do desfile, que antes era realizado na Avenida Senador Vitorino Freire, no bairro Areinha, para a Avenida Beira-Mar, engrandece a celebração da data magna nacional.
“Este é o espaço onde são realizados os grandes eventos da cidade. Por isso, com essa mudança temos uma demonstração não só de civismo e patriotismo, mas também uma oportunidade para que toda a comunidade de São Luís possa, de uma forma uníssona, comemorar essa data importante, que é uma data de união e coesão que eleva os sentimentos mais nobres da nação brasileira”, afirmou o tenente-coronel João Carlos Duque.
Já o coronel aviador Clóvis Martins de Souza, diretor do CLA, afirmou que a mudança do local do desfile permite uma melhor demonstração da estrutura das Forças Armadas. “No que diz respeito ao Centro de Lançamento de Alcântara, essa mudança permite que nós possamos fazer um sobrevoo com nosso avião, o que não era possível anteriormente por motivos de segurança. Essa demonstração permite que a população conheça melhor a estrutura da Força Aérea Brasileira”, declarou. A aeronave utilizada pelo CLA para sobrevoo durante o desfile foi a C98 Caravan.
O Capitão dos Portos do Maranhão, capitão de Mar e Guerra Ademar Augusto Simões Júnior, frisou que a Independência do Brasil é um marco histórico da soberania nacional. “Esta data magna representa muito para nós, pois a Marinha foi a primeira Força Armada do Brasil. O Maranhão é um estado vocacionado para o mar com seu litoral extenso, assim como o Brasil é um país vocacionado para o mar com mais de 8000 mil quilômetros de costa litorânea. Para nós é sempre uma honra participar dessa celebração” disse.
A vice-prefeita de São Luís, Esmênia Miranda, lembrou que a celebração cívico-militar antecede o aniversário de São Luís, fundada em 8 de setembro de 1612. “A Avenida Beira-Mar fica próxima à pedra fundamental da nossa cidade, o antigo Forte São Luís, que foi a primeira estratégia de defesa implantada aqui, situado de frente para o mar e os dois principais rios da cidade. Então, muito mais do que uma paisagem bonita, esse espaço que agora recebe o desfile cívico-militar tem toda essa representatividade para São Luís, que amanhã completa seus 413 anos”, disse.
Contingente
O desfile contou com a participação de mais de 2 mil militares do Exército Brasileiro, Marinha do Brasil e Força Aérea Brasileira, além de alunos de escolas da rede pública estadual e municipal. As Forças de Segurança do Governo do Maranhão também participaram do desfile.
A Polícia Militar do Maranhão (PMMA) participou da solenidade com 120 cadetes da Academia de Polícia Militar Gonçalves Dias e 90 alunos do Curso de Nivelamento de Tropas Policiais, do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças. O Colégio Militar Tiradentes levou 1.100 alunos de São Luís e do município de Raposa. Também foram apresentadas 12 motocicletas, 6 conjuntos de cavalaria e viaturas.
O Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) levou 160 militares da Academia de Bombeiros Militar Josué Montello, mais integrantes de oito batalhões. Também participaram da parada 700 alunos do Colégio Militar 2 de Julho e 100 integrantes dos programas sociais da corporação – Bombeiros Mirim e Melhor Idade, totalizando 960 participantes.
A concentração começou próximo ao Terminal de Integração Praia Grande, estendendo-se até a cabeceira da ponte do São Francisco. A partir desse ponto, as tropas iniciaram o deslocamento em direção à RFFSA, com dispersão nas proximidades da Praça Maria Aragão.
População
Milhares de pessoas chegaram cedo à Avenida Beira-Mar para acompanhar os desfiles. Arquibancadas foram montadas para que a população pudesse assistir tudo com conforto e segurança. Muita gente também levou cadeiras e bancos. Entre o público, muitos familiares dos militares.
A advogada Taysa Moana, 36 anos, levou a filha para ver o pai, militar da Força Aérea, desfilar. “Ela adora vir assistir ao pai. Então, todos os anos a gente vem juntas assistir. Além disso, é um momento muito bonito”, contou.
A copeira Josane Soares, 44 anos, também acompanha os desfiles todos os anos para ver o filho. Inicialmente, ele desfilava pela escola onde estudava. Atualmente, ele faz parte do 24º BIS. “Eu fico muito emocionada não apenas de ver meu filho, mas todos os oficiais e estudantes. É uma data muito bonita, gosto de ver o esforço e o orgulho de todos desfilando”, comentou.
Independência do Brasil
A Independência do Brasil foi proclamada por Dom Pedro I em 1822, às margens do Rio Ipiranga. O desfile cívico-militar reafirma a importância da integração entre Forças Armadas, instituições civis e a sociedade maranhense, em um momento de celebração da soberania nacional e dos valores democráticos do Brasil.
Fonte: Secom
Foto: Rodrigo Ribeiro
