Uma nova regra do WhatsApp deve prejudicar a difusão de informações de 1 dos principais candidatos à presidência da República, o deputado Jair Bolsonaro.
Uma das maiores armas do candidato do PSL a presidente são as mensagens diretas. Nesta semana, no entanto, ele teve uma surpresa. O WhatsApp restringiu o envio para grupos de até 20 usuários. Antes, o limite era 200.
O WhatsApp é controlado pelo Facebook. Com medo de ser acusada de ajudar a propagar notícias falsas, a empresa começou a limitar a possibilidade de compartilhamento de mensagens, fotos e vídeos para grandes grupos. A mudança começou pela Índia. Agora, aos poucos, é implementada no Brasil.
Bolsonaro explicou como vai reagir à limitação imposta pelo WhatsApp. “Eu sei que estão tentando de todas as formas impedir nossa presença nas redes. Mas estamos reagindo. Nós agora vamos fazer pirâmides. Vamos priorizar o envio para grupos de pessoas que depois poderão repassar para outras. E assim por diante. Vamos fazer pirâmides para continuar a divulgar as mensagens”.
Com pouquíssimo tempo na propaganda eleitoral na TV, Bolsonaro sustenta-se basicamente com as redes sociais. O WhatsApp é uma ferramenta potente para mobilizar militantes.
Como as empresas de tecnologia estão cada vez mais severas com o uso político dos aplicativos, esse novo cenário tende a prejudicar o capitão do Exército numa fase vital da campanha presidencial.
O Poder360 recebe as mensagens encaminhadas por Bolsonaro. Nas primeiras duas semanas de agosto, ele encaminhou 7. Antes, a média era de quase 18 mensagens por quinzena.